quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

AS REDES SOCIAIS E A APRENDIZAGEM



Maria Lúcia Serafim*

Esta era que se articula como a da sociedade da informação e do conhecimento a que, mais recentemente, se acrescentou a designação de sociedade da aprendizagem se faz pelos desafios advindos com a presença da Internet e com ela as ferramentas que favorecem a criação de diversas redes sociais. Nesta sociedade o professor não é o único transmissor do saber e é chamado a situar-se nestas novas circunstâncias que, por sinal, são bem mais exigentes.
O aluno também já não é mais o receptáculo que absorve toda e qualquer informação proveniente, quase que exclusivamente, de seu professor. Este aluno precisa também aprender a gerir as informações que lhes são chegadas de modo a transformá-las em seu saber. E a escola que congrega estes dois novos componentes, o professor e o aluno da era da informação, comunicação e conhecimento, precisa ser gerida como uma outra escola, ou seja, como organização, ela tem de ser um sistema aberto, pensante e flexível no tocante a si mesmo e a sociedade a qual se insere.
A escola, no contexto social de hoje, apresenta-se bem diferente da escola de alguns anos atrás. Muitas ferramentas têm sido inseridas como material didático-pedagógico e entre elas está o computador. O computador por si só, não contribui significativamente no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, ele não substitui o professor, não dá aula simplesmente por se tratar de uma ferramenta de aprendizagem. Mas, em se tratando de sistemas, o computador hoje desempenha muitas funções sociais. Não dá mais para imaginar como seria viver sem o uso desta máquina que está presente em todos os setores sociais. E não poderia ser diferente com a escola. O uso do computador, mas precisamente da Internet, é imprescindível para a escola imersa nesse contexto social.
Embora haja total acordo entre os teóricos da atualidade quanto ao uso do computador na educação, bem como toda a tecnologia que lhe acompanha, em especial os softwares educacionais, ressalta-se que eles não substituem o professor. Mesmo possuindo programas bastante didáticos e levando o aprendiz a ser autônomo com relação ao conteúdo que se deseja aprender, ainda assim, ele não substitui o docente.
Porém, a postura, mais especificamente, a função do educador frente às novas tecnologias da informação e comunicação precisa ser reavaliada e resignificada pois para o mesmo, é oportuno que aprenda a administrar e compreender que a massa estudantil já está se apropriando muito cedo dessas tecnologias, os chamados “nativos digitais”.
A Internet, entre tantas outras tecnologias de comunicação atual, está amplamente difundida e favorece sobremaneira a formação das chamadas redes social. Pessoas de todo o mundo estão conectadas em rede através de sites de relacionamento e compartilham as mais variadas informações e os mais diversos interesses. É incrível a capacidade de ligação entre pessoas que a Internet propicia. Indivíduos que nem ao menos pensariam em conhecer-se, ou porque precisariam transpor até mesmo continentes para isso, ou porque não falam o mesmo idioma, mas na rede mundial de computadores existe a facilidade para superar estes e outros obstáculos.
As redes sociais do ciberespaço formadas a partir de sites sociais vem sendo alvo de estudas em todo o mundo, tais como: educadores, antropólogos, psicólogos, sociólogos entre outros. Elas estão cada vez mais presentes no cotidiano dos indivíduos em suas multiformes: por um site bancário, por sites de relacionamento: Google, Facebook Orkut, Twitter, Windows Live Hotmail, ou seja, por um site qualquer, basta ter uma conta de e-mail.
Já é possível se pensar e evidenciar que a participação de um indivíduo em redes sociais do ciberespaço pode ajudá-lo na aquisição do conhecimento de um dado assunto, seja ele qual for, e o quanto o professor pode aproveitar deste fenômeno social, para enriquecer sua prática pedagógica cotidiana. E neste sentido, é importante que os professores conheçam, se apropriem dos seus conceitos e finalidades e dos softwares usados como ferramentas em sua constituição. E ainda que haja interesse por sua topologia, para poder compreender que todo e qualquer indivíduo que faça uso da Internet e que tenha um serviço de e-mail, está por consequência em rede social no ciberespaço. Então professor? Não dá para ficar fora desta rede humana…


*Professora efetiva da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba, Depto de Educação.
(Artigo publicado em 05/05 2012 pelo site: www.educacaoetecnologia.org.br

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

III Colóquio Interdisciplinar de Cognição e Linguagem na UENF


CITI 2012 no IFF


O VII Circuito de Tecnologia da Informaçâo (CITI 2012) tem como objetivo divulgar a produção científica na área de Tecnologia da Informação e Educação buscando proporcionar a disseminação do conhecimento tecnológico. De maneira a obter um ambiente para a troca de experiências e idéias entre profissionais, estudantes e pesquisadores nacionais que atuam em pesquisa científica e tecnológica na área de informática e em áreas correlata.

Para saber mais, clique aqui.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Congresso

Acontece de 26 a 30 de novembro na cidade universitária da UFRJ no Rio de Janeiro o CBIE 2012- Congresso Brasileiro de Informática Educativa, que congrega o SBIE (Simpósio Brasileiro de Informática Educativa) e o WIE (Workshop de Informática na Escola).
Maiores informações pelo site http://www.cbie.org.br/

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Para não perder


Saiba mais aqui

Sistema Gratuito de Comunicação Alternativa para Tablets em Português

O LiVox é o primeiro sistema de comunicação alternativa para tablets totalmente em português do mundo! Desenvolvido por Carlos Pereira na Reamo Beike, o sistema tem ajudado pacientes que não conseguem se comunicar a viverem uma vida mais digna e significativa.

Visite a página aqui.

Mais informação e download do programa: aqui

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Convite aos Educadores

Seminário O professor do ensino Secundário, Normal e Técnico: uma perspectiva histórica

Data: 30/11/2012
Local: PPGE/UFRJ( campus da Praia Vermelha)
Sala de Videos( sala 220 da FAE)

O projeto se destina a estudar a construção da identidade do professor do ensino secundário, normal e  técnico, a partir de um recorte institucional e de uma abordagem comparativa. A partir disso, gerar uma analise comparativa da  constituição dos quadros docentes de algumas instituições de ensino do estado do Rio de Janeiro, distintos momentos históricos e com diferentes recortes temporais. Este é um amplo programa de pesquisa que envolve pesquisadores de varias instituições universitárias do Rio de Janeiro.



Conectados



Saiba mais aqui

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Minicurso de hoje no PTCE:



Blogs Educativos
Horário: 19h às 22h
Professor: Anna Karina Vieira de Azevedo
Ementa: Construção de um blog educativo
Sala da Pos-graduação 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Mesa Redonda: Tecnologias da Informação e Comunicação e os cursos de Licenciatura

Evento da II Semana das Licenciaturas 

Dia 19 de outubro às 13h30min no Auditório Cristina Bastos

Participantes:

Prof. Ms. Luis Cláudio Gomes de Abreu (IF Fluminense)

Profª. Drª. Arilise Moraes de Almeida Lopes (IF Fluminense)
Profª. Drª. Gilmara Teixeira Barcelos Peixoto (IF Fluminense)

Mediadora: Profª. Drª. Silvia Cristina Freitas Batista (IF Fluminense)

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

XX Ciclo de Palestras sobre Novas Tecnologias na Educação

O CINTED - Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação da
UFRGS está promovendo o XX Ciclo de Palestras sobre Novas Tecnologias na
Educação nos dias 11 a 14 de dezembro de 2012 .


A chamada de trabalhos está aberta até 31 de outubro de 2012.

A temática desta edição é a seguinte:
Ambientes virtuais de aprendizagem
Aprendizagem ao longo da vida e TIC
Aprendizagem colaborativa apoiada por computador
Aplicações educacionais de mineração de dados e de textos
Avaliação de software educativo
Comunidades virtuais de aprendizagem
Educação a distância
Inclusão digital
Informática na educação especial
Jogos educativos
Métodos e padrões para desenvolvimento de artefatos educacionais digitais
Objetos de Aprendizagem
Projeto e desenvolvimento de objetos de aprendizagem
Realidade Virtual e aumentada na Educação
Redes Sociais na Educação
Repositórios de conteúdo educacional digital
Simuladores no contexto educacional
Tecnologia móvel e ubíqua para a aprendizagem
Teorias educacionais aplicadas à TIC
Usabilidade e acessibilidade de software educativo
Web semântica e ontologias na Educação

Os trabalhos selecionados serão publicados na RENOTE - Revista
Novas Tecnologias na Educação (revista avaliada no sistema Qualis da
CAPES)

Participantes remotos poderão apresentar suas palestras por
videoconferência.

Maiores informações no site http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo20/

terça-feira, 9 de outubro de 2012

CONVITE AOS EDUCADORES

 

Sábado dia 27/10/2012, a doutoranda em computação Karen Figueiredo* (que foi aluna de graduação do IFF e já atuo como professora substituta na Informática) irá ministrar,  das 9h às 12h, na sala da pós, a palestra:



Sistemas tutores, agentes inteligentes e descoberta do conhecimento: 
teorias e aplicações da Inteligência Artificial na educação”.

 *Karen da Silva Figueiredo é Mestre em Computação na área de Engenharia de Software pela Universidade Federal Fluminense (2011) e Tecnóloga em Desenvolvimento de Software pelo Instituto Federal Fluminense (2008). Trabalha com pesquisas na área de Tecnologia da Informação e Comunicação na Educação desde 2007, tendo publicado artigos sobre ambientes virtuais de aprendizagem e jogos de caráter educativo. Atualmente é Doutoranda em Computação pela Universidade Federal Fluminense, onde desenvolve pesquisas na área de Inteligência Artificial e Sistemas Multi-Agente, e atua como Tutora de Informática no Laboratório de Novas Tecnologias de Ensino (Lante-UFF) desde 2010.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

DIDÁTICA E O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Márcia Rodrigues dos Santos*


Começo este artigo fazendo um questionamento aos professores:



Será que é possível trabalhar a Didática junto à Tecnologia e tudo que esta representa numa situação de aprendizagem?

Percebe-se que existe certo desconforto quando se fala em didática e prática com o uso de tecnologias em sala de aula. Isso se deve por muitos professores acreditarem que este uso provocará indisciplina e poderá também prejudicar a criatividade e espontaneidade do aluno, e talvez por não dominarem totalmente a arte da tecnologia.

Tudo depende do nosso olhar, da nossa vontade de mudar, de propiciar ao aluno novas maneiras de aprender. Um olhar positivo para uso correto da Tecnologia em sala de aula poderá constatar que ela trará muito mais do que se imagina, seu uso impulsiona a inteligência e cria ambientes favoráveis à aprendizagem. Precisamos quebrar os paradigmas que nos prendem a modelos antigos de educação, já que o objetivo da escola é o desenvolvimento das capacidades físicas, intelectuais e morais dos alunos, ela precisa democratizar o SABER e reconhecer a necessidade que se faz de trazer a Tecnologia para dentro da sala de aula, para dentro de seu planejamento, sendo entendida, assimilada, criticada... não importa, mas sendo usada.

A escola tem que assumir uma postura didática de comprometimento com a Tecnologia, deve assumir uma postura de crescimento, mudança e buscar nela novas formas de fazer a educação, assumir a multifuncionalidade do processo de ensino-aprendizagem e articular suas três dimensões: técnica, humana e política.

Nada adianta programas e mais programas de formação, se o professor não souber usar a Tecnologia como sua aliada e parceira na construção do conhecimento, usá-la como uma ferramenta pedagógica que o auxiliará a ampliar suas capacidades e possibilidades, ela deve ser bem compreendida para ser bem usada, gerar resultados e provocar transformações.

Quanto mais a escola e seus professores protelam a necessidade eminente do uso da Tecnologia, mais distantes vão ficando seus alunos, que lotam lan houses (recordistas em acesso ao Google com 12 milhões de buscas POR DIA), que passam 02 horas em frente ao computador, que sabem manusear qualquer aparelho eletrônico como se tivessem escrito o manual de instruções destes. 

Respondam-me com sinceridade: algum de vocês já conseguiu que um aluno estudasse 02 horas por dia ou que em toda vida escolar dele, fizesse 12 milhões de perguntas?

Segundo o dicionário Wikipédia, na internet, a palavra didática (didáctica) vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se pode traduzir como arte ou técnica de ensinar. Tecnologia, por sua vez, (vem do grego τεχνη — "ofício" e λογια — "estudo") é um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e as ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal conhecimento.

Se juntarmos as duas, poderemos ter a seguinte definição: Didática e Tecnologia: arte de ensinar com conhecimento técnico e científico. 

Essa é a função do professor, ensinar de forma técnica, com conhecimento e apropriação dos seus objetivos... Essa também é a função da escola e da educação, propiciar ao aluno, um mundo de possibilidades, um mundo de conhecimentos, no qual não existem fronteiras, um mundo que pode se transformar a cada “clique”.

Cabe a você, educador, essa mudança de conceitos e definições. Faça. Mude. Proporcione. Transforme.


* Especialista em Psicopedagogia, Consultora- Pedagógica Sênior da Vitae Futurekids, Profª Universitária. 
(Publicado em 2009 pelo site: http://www.planetaeducacao.com.br)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

IMPRESS - Mais poder para sua apresentações

O Impress é uma ferramenta desenvolvida para a criação de apresentações multimídia. Suas apresentações podem ser enriquecidas com imagens 2D e 3D, efeitos especiais, estilos de transição, animações e ferramentas de desenho que causam alto impacto.

Os Slides Mestres simplificam a tarefa de preparar seu trabalho. Com isso, você economiza tempo.

Enquanto estiver montando sua apresentação, você pode visualizar seus slides de diferentes formas, tais como, Normal (para a edição de forma geral), Estrutura de Tópicos (para organização e delinear o conteúdo do texto), Notas (para visualizar e editar notas atreladas ao slide), Folheto (para produção de documento baseado no material), e Classificador de Slides (para uma visão em miniatura da imagem do slide, que permite sua rápida localização).

Quando chega o momento da apresentação de seu trabalho, você tem a poderoso modo de Slide Show, que permite total controle de como seus slides serão apresentados, proporcionando a você uma melhor atenção com o seu público (os slides podem ser apresentados: manual, transição temporizada, apontador visível ou invisível, navegação visível ou invisível). 

O Impress suporta múltiplos monitores, e a extensão Presenter Console proporciona um controle melhor sobre a sua apresentação de slides, como a capacidade de ver o próximo slide, ver a notas de seu slide e controlar o tempo de apresentação, enquanto a plateia está olhando o slide atual. 

Esta ferramenta possui uma variedade de recursos que facilitam a utilização da ferramenta de desenho e diagramação, que adicionam estilo e sofisticação à sua apresentação. 

Você pode organizar as ferramentas mais utilizadas em torno da tela, prontas para o acesso com um único clique. Aproveite a caixa de “Estilo e Formatação”, para colocar todos os seus estilos gráficos a apenas um clique de distância. 

Torne suas apresentações vivas e reais, com o show de animações e efeitos. A ferramenta FontWorks permite que você crie imagens e textos em 2D e 3D. Impress permite que você construa e controle cenários em 3D, incorporando uma grande variedade de objetos e componentes. 

Pode salvar sua apresentação em formato ODF, o novo padrão internacional para a criação de documentos. O formato é baseado em XML, o que significa que seus arquivos podem ser abertos pelos destinatários que não são usuários do LibreOffice: sua apresentação deve estar acessível a qualquer software compatível com o ODF. 

Você pode abrir arquivos do Microsoft PowerPoint, e salvar seu trabalho no formato do PowerPoint para as pessoas que ainda utilizam o produto da Microsoft. Alternativamente, você pode exportar as apresentações em Flash (.swf).


3ª. EDIÇÃO DA MOSTRE-SE 2012


CLICK NA IMAGEM

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

CONVITE AOS EDUCADORES



As pessoas interessadas devem enviar um e-mail confirmando a presença para Alynne Faria Reis Siqueira <alynne.siqueira@estacio.br>



terça-feira, 18 de setembro de 2012

NOSSOS CURSOS

MINICURSOS PTCE
      Data                                                   Ministrantes                                      Curso
30/10 – Terça-feira
9h às 12h:
Samara Tavares e
Luiz Gustavo Silva
Impress
19h às 22h:
Anna Karina Oviedo
Informática na Sala de Aula
31/10 – Quarta-feira
 9h às 12h:
Jonas Defante Terra
Moodle
14h às 17h
Anna Karina Oviedo
Silvia Batista
Elaboração de Blogs
19h às 22h:
Gabriel Carneiro e
Pedro Canholato
Writter
01/11 – Quinta-feira
 9h às 12h:
Samara Tavares e
 Luiz Gustavo Silva
Writter
14h às 17h:
Jonas Defante Terra
Moodle
06 /11 -  Terça-feira
 9h às 12h:
Gilmara Barcelos e
Silvia Batista
Prezi
19h às 22h:
Gustavo Oviedo
Vídeos
07/11– Quarta-feira
14h às 17h:
Isabela Campos e
Caio Medina
Impress
19h às 22h:
Anna Karina Oviedo
Silvia Batista
Elaboração de Blogs
08/11 – Quinta-feira
 9h às 12h:
Gustavo Oviedo
Vídeos
14h às 17h:
Anna Karina Oviedo
Informática na Sala de aula
14/11 – Quarta-feira
14h às 17h:
Gilmara Barcelos e
 Silvia Batista
Prezi

TECNOLOGIA ATRAI ALUNOS, DIZ ESPECIALISTA



A introdução dos tablets nas salas de aula é inevitável e pode servir para atrair a atenção dos alunos para o conteúdo acadêmico, mas é preciso dar especial atenção à adequação da linguagem para a nova plataforma e à formação dos professores.
A opinião é da coordenadora executiva de projetos da Escola do Futuro, do núcleo de pesquisas da Universidade de São Paulo (USP), Samantha Kutscka. Em entrevista ao Correio, a especialista, que investiga novas tecnologias aplicadas à área de Educação, afirma ser necessário transformar o método de ensino para se obterem resultados. Investir apenas na mudança da mídia, de acordo com ela, não traria progresso algum. Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

A senhora acredita nessa ideia de que o lápis, a caneta e o papel vão desaparecer das Escolas?
Samantha Kutscka: Não vejo a possibilidade de isso acontecer. Não preparamos o aluno para um mundo de certeza, claro. Mas, hipoteticamente falando, se uma instituição ficar sem energia ou houver algum evento complexo envolvendo os aparelhos, o lápis e o papel vão ser a solução. Acredito que eles não vão deixar de existir nunca. Também há um processo de desenvolvimento da cognição, onde você ensina a criança a escrever com a mão.
Nesse caso, você não vai alfabetizar alguém com um tablet. Se usarmos um exemplo atual, você vai ver que ninguém deixou de fazer conta com a mão porque apareceu a calculadora. Há nove anos, quando entrei na Escola do Futuro, havia uma resistência dos professores em usar o computador. Não é diferente hoje. Podemos esperar isso a partir da introdução de qualquer nova tecnologia nas Escolas.

E quanto ao desvio da finalidade do aparelho, quanto à possibilidade de dispersão por parte do aluno. É realmente um risco que se corre?
Samantha Kutscka: Acredito fortemente que o papel do professor não deixa de existir, ele simplesmente muda. Os pais têm, realmente, uma preocupação com a relação do filho e a tecnologia. O professor, por sua vez, com a dispersão do aluno. Mas, hoje, a maioria dos pais trabalha fora e os filhos, quando não estão sob o olhar deles, ficam sujeitos a diversos conteúdos. Não tem como fiscalizar, policiar em 100% do tempo.
Tirando a censura, não tem o que fazer. Nesse sentido, acredito que a orientação do professor surge como algo fundamental. Ele deve apresentar conteúdos, mostrar o que deve e o que não deve ser acessado, afinal, a censura não agrega nada. Ela apenas aguça, atrai a pessoa para o proibido.

A senhora acredita que pode haver um agravamento do desnível entre as Escolas públicas e as particulares, uma vez que essas últimas vêm incorporando primeiro esses aparelhos?
Samantha Kutscka: Esse desnível sempre existiu em praticamente tudo. As Escolas privadas acabam sendo mais pioneiras nessa área de tecnologia, principalmente porque têm recursos. Seria incoerente dizer que isso não acontece. Agora, a capacidade de aprender do aluno de uma Escola pública é a mesma da de um de uma Escola particular.
Tudo depende de como você ensina. O governo tem capacidade de fazer algo bem melhor que uma Escola particular, afinal ele é um, digamos, polvo com milhões de tentáculos, enquanto uma Escola particular está sozinha ou pertence a uma rede. É necessário apenas fazer.
E a capacitação dos professores, a senhora acredita que realmente esse é um desafio?
Samantha Kutscka: Sim, porque as gerações são diferentes e, por isso, entendem a tecnologia de forma diferente. Existe certa resistência, mas ela passa. A formação do professor começa com uma quebra de paradigma, pois não se trata apenas de mostrar ao profissional como usar o aparelho, mas de fazê-lo reconhecer potenciais pedagógicos naquilo.
Incorporando uma nova tecnologia, você acaba agregando mais trabalho ao educador e ele, normalmente, não está satisfeito com a remuneração que recebe. Então, nesse caso, você deveria incluir uma bonificação, um estímulo a esses professores.

Vem se falando também da insegurança que andar com um aparelho de alto custo pode trazer ao aluno. O que a senhora pensa sobre isso?
Samantha Kutscka: Acho que pode ser um risco sim, mas não tenho uma opinião sólida sobre o assunto. Acredito que, quando a tecnologia se popularizar, os preços irão cair e talvez não fique tão perigoso andar com o tablet. Pensar nisso no âmbito das Escolas públicas depende da aplicabilidade, afinal, ainda não sei se o aparelho vai sair da Escola ou não vai. De toda forma, não acredito que os assaltantes vão se apoderar dos entornos das Escolas como um alvo primário. Afinal, hoje vejo muitos alunos de Escolas particulares carregando notebooks, smartphones.

Quais são as maiores vantagens em usar esses aparelhos nas Escolas?
Samantha Kutscka: Atratividade. Esse é o grande diferencial. Uma questão muito complexa é que as pessoas não aprendem da mesma forma. Por isso, quando você tem um conteúdo multimídia, você tem possibilidades maiores e melhores de transmitir um conteúdo de várias formas.

E qual a grande preocupação na introdução desses aparelhos no ambiente Escolar?
Samantha Kutscka: Adequar a linguagem e formar o professor. O que você não pode fazer é simplesmente transformar um livro impresso para digital. O conteúdo deve ser repensado, você tem que aproveitar o potencial daquela plataforma. No caso de livros, você tem praticamente que os recriar. Sabemos, por experiência, que não adianta apenas trocar a mídia para que o aluno assimile o conteúdo.

Fonte: Correio Braziliense (DF)

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

DATA DOS NOSSOS CURSOS

MINICURSOS PTCE
      Data                                                   Ministrantes                                      Curso
30/10 – Terça-feira
9h às 12h:
Samara Tavares e
Luiz Gustavo Silva
Impress
19h às 22h:
Anna Karina Oviedo
Informática na Sala de Aula
31/10 – Quarta-feira
 9h às 12h:
Jonas Defante Terra
Moodle
14h às 17h
Anna Karina Oviedo
Silvia Batista
Elaboração de Blogs
19h às 22h:
Gabriel Carneiro e
Pedro Canholato
Writter
01/11 – Quinta-feira
 9h às 12h:
Samara Tavares e
 Luiz Gustavo Silva
Writter
14h às 17h:
Jonas Defante Terra
Moodle
06 /11 -  Terça-feira
 9h às 12h:
Gilmara Barcelos e
Silvia Batista
Prezi
19h às 22h:
Gustavo Oviedo
Vídeos
07/11– Quarta-feira
14h às 17h:
Isabela Campos e
Caio Medina
Impress
19h às 22h:
Anna Karina Oviedo
Silvia Batista

           Elaboração de Blogs
08/11 – Quinta-feira
 9h às 12h:
Gustavo Oviedo
Vídeos
14h às 17h:
Anna Karina Oviedo
Informática na Sala de aula
14/11 – Quarta-feira
14h às 17h:
Gilmara Barcelos e
 Silvia Batista
Prezi