segunda-feira, 27 de agosto de 2012

APROPRIAÇÃO DAS MÍDIAS SOCIAIS COMO RECURSO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM



Cristiane Clébia Barbosa

Graduação em Licenciatura em Computação.
Pós-Graduação em Gestão Estratégica da Tecnologia e Sistemas de Informação.
Cursando Pós-Graduação em Educação a Distância.
Docente dos Cursos de Administração e Sistemas de Informação (FARN | UNI-RN).
Designer Instrucional de Materiais Didático-Pedagógicos (EaD UNI-RN).
Experiência em Ciências da Computação, com ênfase em Tecnologia Educacional. 


Resumo:
O artigo analisa a possibilidade de diferentes tipos de aplicações e uso das Mídias Sociais como recurso no processo ensino-aprendizagem. As Mídias Sociais permitem interatividade e sociabilidade, tornando possível uma colaboração através das Tecnologias da Informação e Comunicação. As Redes Sociais são parte desse processo e estão sendo cada vez mais utilizadas em diversas áreas, inclusive, na educação. Sendo assim, o objetivo desse estudo é contribuir e explorar referências sobre as Mídias Sociais que possam servir de apoio às aulas presenciais, tornando-as uma experiência ainda mais rica, dentro e fora da sala de aula, além de analisar os impactos do seu uso nesse processo.
Palavras-chave: Mídias Sociais, Novas Tecnologias, Aprendizagem.


Introdução

A cada dia surgem meios de comunicação diversos, ocasionando um período de transformações sem precedentes na história da humanidade, tais meios repercutem na educação, podendo ser utilizados como um recurso de apoio ao processo ensino-aprendizagem. Esse avanço tecnológico tem gerado debates e questionamentos entre os pais, professores e demais membros da comunidade escolar quanto a melhor forma de utilização de tais recursos na educação. Não foi diferente com a Internet, que possui inúmeras possibilidades pedagógicas e tem sido o meio que mais gera debates nos últimos anos pela sua capacidade de abrangência global e, principalmente, participação e colaboração coletiva.

O uso das tecnologias digitais tem crescido cada dia mais em nossas vidas, provocando mudanças significativas na sociedade. Com isso, é preciso uma compreensão desse recurso que passa a ganhar espaço na sociedade, e consequentemente no âmbito escolar.

Para que esses recursos sejam utilizados corretamente, é preciso que os professores estejam preparados, requerendo deles uma postura diferente, uma nova forma de educar, pois é necessário que o educador saiba favorecer a aprendizagem mediada pela tecnologia.

O trabalho colaborativo proposto pelas novas tecnologias tem sido um desafio para os professores, e por esse motivo é preciso que sejam encontradas práticas que deem o espaço apropriado para o trabalho em conjunto, onde haja partilha na construção do conhecimento.

As Mídias e as Redes Sociais vieram revolucionar a comunicação e interação entre as pessoas, o público ganhou um espaço dialógico onde é possível uma construção de uma opinião pública livre de constrangimentos e que permite uma diversidade de conteúdos informativos.

Diante de tais mudanças, surge o questionamento: Como se apropriar das Mídias sociais como um recurso no processo ensino-aprendizagem?

Todos já têm consciência que os conhecimentos sistematizados não estão mais reunidos em uma biblioteca física, com acesso restrito apenas nas salas de aulas, pois, segundo Azevedo e Barbosa (2009) “aprender” é um ato constante que pode acontecer dentro e fora dos muros da escola.

A tecnologia e seus recursos tem substituído o contato territorialmente limitado, possibilitando alcance e velocidade maior à informação a partir da interação entre vários autores, independente do tempo e espaço. E é nesse cenário virtual que estão se dando as trocas de experiência, a continuação das narrativas e a apropriação de poder de fala à sociedade, como é destacado por Pierre Lévy:

A evolução contemporânea da liberdade de expressão no ciberespaço, assim como a explosão quantitativa e qualitativa da rede parece levar a uma situação em que todas as instituições, empresas, grupos, equipas e indivíduos se tornarão o seu próprio meio de comunicação [...] (LÉVY, 2002, p.53)

É importante ressaltar que a escola ainda é a porta de entrada para o acesso ao mundo do conhecimento para a maioria da população, por isso, ela deve analisar a sua relação com as novas tecnologias e os novos meios de comunicação, repensando sua forma de organizar e gerir, para que possa exercer de forma eficiente a essência da sua função social: ensinar bem e preparar os indivíduos para exercer a cidadania e o trabalho no contexto de uma sociedade complexa, enquanto, ao mesmo tempo, se realizam como pessoas (PENIN; VIEIRA, 2002).


Educação e Tecnologia

A Educação e a Tecnologia vêm, ao longo dos anos, construindo uma forte e produtiva parceria auxiliando a aprendizagem e a construção dos saberes.
A relação entre a Educação e a Tecnologia não pode se resumir em utilizar apenas os meios, tem que ir, além disso. É importante o “saber ser” e o “saber fazer” entre professores e professores, alunos e alunos e entre alunos e professores, ou seja, um recurso que possibilita a todos descobrir, redescobrir, construir e reconstruir o conhecimento.

É preciso esclarecer a relação Educação e Tecnologia, pois pensar em tecnologia é pensar como entendemos e usamos as técnicas criadas e desenvolvidas para um determinado fim. Então, é preciso ficar claro que não é só identificar uma nova técnica e perceber seu uso imediato. É muito mais que isso, é preciso compreender a importância e necessidade do seu uso, não permitindo que as inovações tecnológicas acarretem em uma exclusão que sirva de agravamento entre as relações de poder entre as classes sociais.

A partir das constantes mudanças tecnológicas que tem ocorrido na sociedade, percebe-se o quanto a tecnologia tem variado as formas de aprendizagem.

Devido ao grande avanço tecnológico e as mudanças no sistema educacional, a relação Educação e Tecnologia vem se estreitando de maneira relevante na atual sociedade. Diante dessa realidade, é importante entender que o processo educativo ocorre em vários lugares e de várias maneiras. O espaço escolar não é o único e exclusivo local no processo de construção do conhecimento. Existem outros meios que atuam como agentes educativos e dentre eles estão às tecnologias, que tem sido cada dia mais incorporadas nas escolas devido seu poder pedagógico e influência que exercem sobre a sociedade em geral.

A relação do professor com a tecnologia tem sido um desafio no caminho da construção do conhecimento. Para Mercado (2009), muitos professores ainda se veem muitas vezes sem conhecimentos suficientes e se sentem impotentes para desenvolver estratégias educacionais através da Internet.

Está mais que comprovado que o avanço tecnológico é decisivo no processo de transformação sociocultural, mas isso só ocorre através da permissão da sociedade, pois não se pode esquecer que a tecnologia não tem autonomia, ela é instrumentalizada pelo ser humano, em meio às relações estabelecidas entre cultura, tecnologia, sociedade e educação.

Se nossas sociedades se contentarem em ser inteligentemente dirigidas, com certeza falharão em seus objetivos. Para ter alguma chance de vier melhor, elas devem se tornar inteligentes na massa. (LÉVY, 2007. p. 18)


Cibercultura

Com o surgimento da Internet a humanidade passou a viver rodeada por aparatos eletrônicos, digitais, conectada num mundo virtual e tecnológico.
Nas palavras de Barbosa e Bevilaqua (2010) as mídias digitais tornam se cada vez mais rápidas e de fácil utilização. Com elas as distâncias geográficas e sociais foram encurtadas, dando espaço para o surgimento de uma nova cultura.

O ciberespaço, que Lévy (1999) também chama de “rede” é um meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. Quanto à Cibercultura, o autor afirma que se trata de:
[...] conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço. (LÉVY, 1999. p.17)

Os princípios fundamentais para a Cibercultura segundo Lévy (1999) são: a Interconexão, as Comunidades Virtuais e a Inteligência Coletiva.
A Interconexão derruba barreiras entre a humanidade. As Comunidades Virtuais são a extensão da interconexão, pois sua sustentação se dá através da conexão de ideias promovidas pela interconexão da Inteligência Coletiva.


Mídias Sociais e Redes Sociais

As Mídias Sociais são recursos online de interação social, com a capacidade de disseminar conteúdo, compartilhar opiniões, conceitos, ideias, experiências, perspectivas e conteúdos de forma colaborativa.
Por facilitar a discussão bidirecional as Mídias Sociais decretaram o fim da comunicação unilateral. Além de transmitir informações, através das Mídias Sociais é possível receber o retorno do público, que agora tem poder e voz para reagir às informações que recebem. As Mídias Sociais se baseiam na criação coletiva e no compartilhamento de conteúdo entre usuários da Internet, elas permitem a qualquer pessoa publicar fotos, vídeos, textos, músicas, disseminar ideias, opiniões, ofertar e procurar emprego, opções de lazer, além de estabelecer contato com outras pessoas através das Redes Sociais.

Através das Mídias Sociais foi estabelecida uma mudança na forma como a informação era difundida na mídia tradicional, de um modelo “um para todos”, onde o conteúdo era distribuído por um detentor da mídia. Agora todos produzem, divulgam e cooperam nos conteúdos, num modelo “todos para todos”. (LÉVY, 1999)

Redes Sociais podem ser consideradas Mídias Sociais, mas o contrário nem sempre acontece. As mídias de compartilhamento são meios de comunicação formados por pessoas que nem sempre constitui-se como uma rede de relacionamento social.

No momento em que o relacionamento, a colaboração, o compartilhamento e a criação de conteúdos são feitos dentro da mesma plataforma, as Redes Sociais passam a serem consideradas, também, Mídias Sociais. A maioria das Redes Sociais tem ambientes propícios a isso.

As Redes Sociais possuem os valores da diversidade, é a arte da descentralização, formada por pequenos grupos, proporcionando grandes mudanças. A abundância nas redes se dá devido à gratuidade e liberdade de expressão e possuem milhares, senão vários milhões de usuários interagindo em Comunidades virtuais.

Comunidades virtuais ou redes sociais online é um espaço onde as pessoas trocam informações, como se fosse uma grande “praça virtual”.

Uma comunidade virtual é construída sobre as afinidades de interesses, de conhecimentos, sobre projetos mútuos, em um processo de cooperação ou de troca, tudo isso independentemente das proximidades geográficas e das filiações institucionais. (LÉVY, 1999. p.127)

Alunos e Professores perante a Inovação Coletiva

Os alunos que estão nas salas de aulas hoje, não são os alunos para qual o sistema educacional foi criado para ensinar. Os professores já não são mais os únicos detentores do saber e já não são o centro do fluxo do conhecimento. O seu papel agora é de criador e mediador de oportunidades para os alunos.

Integrarem-se as tecnologias não é mais opção, pois elas fazem parte do dia a dia do aluno, portanto, devem servir de recurso para complementar e apoiar o professor em sua relação com eles.
Diante dessa nova realidade, os professores precisam estar capacitados com conhecimentos sobre a utilização dessas tecnologias, pois o domínio da linguagem tecnológica os permitirá que interajam com o mundo de forma mais crítica, reflexiva, colaborativa e participativa. Tornando, assim, a aprendizagem mais interessante.

Atualmente, os alunos são pouco motivados e interessados no contexto de sala de aula, mas são considerados ativos em ambientes de aprendizagem informal, principalmente nas Redes Sociais. Em face disso, é necessário que os professores estabeleçam pontes entre o conhecimento formal e a aprendizagem informal que ocorre fora da sala de aula.

O modelo de recepção clássica não funciona mais com esses alunos menos passivos e mais participativos, pois participar é muito mais que responder “Sim” ou “Não”, é muito mais que escolher uma opção dada. Participar é produzir, modificar, interferir e colaborar na mensagem.

A aprendizagem se dá através da construção coletiva, da relação e questionamento, colaborando e compartilhando saber e informação, trocando experiências. Para Paulo Freire:

Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho - a de ensinar e não a de transferir conhecimento. (FREIRE, 1996. p. 47)

A educação, segundo Maturana (2009), é um processo contínuo que dura por toda a vida do ser humano.

Mídias Sociais e Educação

As Mídias Sociais fazem parte da vida de muita gente, isso já é um consenso. O que é importante discutir é como fazer uso seguro, adequado, produtivo e contextualizado delas. O grande desafio, talvez o mais difícil deles, seja tornar o ensino em rede algo realmente eficaz.

As tecnologias, assim como qualquer outro instrumento, que propiciam comunicação e produção podem ser adequadas a vários objetivos educacionais. Por isso, faz-se necessária à reflexão sobre o papel da tecnologia no ambiente escolar. (LEITE; SAMPAIO, 2002)

Castells (2003) destaca que a Internet é - e será ainda mais - o meio de comunicação e de relação essencial sobre o qual se baseia uma nova forma de sociedade que nós já vivemos, considerada como sociedade em rede.
Não tem como a escola ignorar as transformações ocorridas nos meios de comunicação nas últimas décadas. Tão pouco se podem esperar soluções mágicas das redes eletrônicas para modificar as relações pedagógicas, mas o uso apropriado pode facilitar e muito a pesquisa individual e grupal, a interação de professores com professores, professores com alunos e alunos com alunos.

As Mídias Sociais têm o seu valor e suas potencialidades, mas para isso é preciso que sejam usadas de forma coerente, incrementando e dinamizando os processos metodológicos de ensino-aprendizagem, desenvolvendo habilidades e motivando os sujeitos na sua criatividade, autonomia, apreensão de conhecimento e construção de novos saberes, numa comunidade que proporciona a sua construção de forma interativa e colaborativa, favorecendo as trocas mútuas, o intercambio e aprimoramento do conhecimento.

Para Habermas (2002), usando da racionalidade cada indivíduo é capaz de interpretar padrões de valores adquiridos em sua cultura e postar uma atitude reflexiva de interpretação perante isso. Porque compartilham os mesmos padrões de valores, a mesma cultura e mesmo contexto histórico, os falantes são capazes de se interagir, se entenderem sobre algo do mundo objetivo e alcançarem um consenso.

Há muitas oportunidades de utilização das mídias sociais para estabelecer conexões durante e extra-aula, como por exemplo:

Blog

Professores e alunos podem utilizar esse recurso para a criação de debates, construção conjunta de conhecimentos, publicarem trabalhos, anotações de aula, produção de texto, discussão de projetos escolares, preparação de eventos, análise de obras literárias, reflexão de temas específicos, entre outras atividades.
Exemplo: Blogger (www.blogger.com), Wordpress (www.wordpress.com).

Fórum
Serve para um aprendizado organizacional e coletivo, esclarecer dúvidas pelos próprios alunos, propor questões, debates, opiniões e discussões.
Exemplo: Yahoo (www.yahoo.com).

Fotos
Recurso muito útil para disponibilizar imagens de uma aula ou evento, facilita a visualização e compartilha conhecimento, além de estimular comentários e debates.
Exemplo: Flickr (www.flickr.com).

Microblog
Permite a troca de mensagens com até 140 caracteres, é um canal que pode ser utilizado para debater e divulgar ideias em tempo real, servindo como quadro de avisos, compartilhar links, desenvolver escrita progressiva e colaborativa para criar micronarrativas e até mesmo aprender outro idioma.
Exemplo: Twitter (www.twitter.com).

Podcast
Recurso de áudio que pode ser utilizado para disponibilizar parte de uma aula ou explicações que os alunos possam fazer download e estudar quantas vezes achar necessário. Também podem ser utilizadas para entrevistas ou dar opiniões.

Redes de Relacionamento
Espaço para trocar informações, experiências e conhecimento, criar e manter networking, além de aprender coletivamente.
Exemplo: Orkut (www.orkut.com), Facebook (www.facebook.com), MySpace (www.myspace.com).

Vídeos
Recurso interessante para criação de vídeos, podendo ser disponibilizados parte de uma aula ou palestra, facilita a visualização e estimula comentários.
Exemplo: YouTube (www.youtube.com).

Wiki
Página de escrita coletiva, ideal para criação e edição conjunta por pessoas distantes que queiram contribuir em trabalhos cooperativos, elaborando textos.
Exemplo: Wikipedia (www.wikipedia.org.).

Percebe-se, portanto, que as mídias sociais podem ser usadas como recurso no processo ensino-aprendizagem. A criatividade determinará o uso de cada uma. A arquitetura de cada uma delas privilegia o aperfeiçoamento de competências diversificadas. Identificar e estruturar a que melhor se adéqua a prática pedagógica é o grande salto que pode trazer o sentido que justifique dedicar a elas o tempo de professores e alunos.

Conclusão

Evidencia-se aqui, que a tecnologia pode ser considerada uma porta de entrada para o conhecimento e ao pensar na relação da tecnologia com a educação, fica cada vez mais clara, a distância que existe entre professores e alunos. Enquanto os alunos estão imersos nas novas tecnologias, uma parcela grande e significativa dos profissionais de educação está desconectada.

Com isso, observa-se a urgente necessidade de capacitação do professor para conhecer e desempenhar um bom uso desse recurso que está a sua disposição.

Essa emergência do ciberespaço e toda a liberdade que ela implica nos remontam aos estudos da Ciberdemocracia, de Pierre Lévy (2002). Segundo o autor, o ciberespaço, proporciona uma liberdade de expressão e comunicação em uma escala planetária sem comparação a todos os outros media anteriores.
Nas Mídias Sociais o usuário deixou de ser receptor, para ser autor, ele não apenas lê, mas também modifica e recria conteúdo, os arquivos individualizados estão cada vez mais públicos. Enquanto as mídias tradicionais trabalham em uma via de mão única as novas mídias trafegam em mão dupla interferindo na comunicação, participando, fazendo comentários, gerando conteúdo, interagindo, questionando, concordando ou discordando, protestando, denunciando, expondo seu ponto de vista.

Sabe-se que não há fórmula mágica, nem receita pronta para utilização das Mídias Sociais na Educação, mas por ser a rede um espaço social, é também um espaço de educação e aprendizado, mas é papel do professor explorar as potencialidades desse recurso e de outras ferramentas tecnológicas, com criatividade, procurando propor atividades que possam ser inseridas no contexto das suas aulas, mas nunca esquecendo que a tecnologia é um meio e não um fim. (AZEVEDO; BARBOSA, 2009)

Estamos presenciando o que Mcluhan (1968) previra, ao crescimento progressivo de uma consciência política global. Ele afirmava que, “eletricamente contraído, o globo já não é mais do que uma vila, já não é mais que uma aldeia global.” Tal conceito - a Aldeia Global (Global Village) - alcançou mais visibilidade com o advento da Internet.

O ciberespaço está aberto para quem quiser ocupá-lo, é preciso que mais formadores de opinião tenham a ousadia de ir a esta “praça virtual”, ocupem seu lugar e abram o diálogo para o entendimento mútuo.
Por fim, podemos entender que a apropriação das Mídias sociais como recurso no processo ensino aprendizagem pode provocar alterações que poderão ser relevantes dependendo de como os educadores vão incorporá-las na sua prática pedagógica.


Referências Bibliográficas

AZEVEDO, Wesley Steverson Santos de; BARBOSA, Cristiane Clébia. Microblog Twitter: uma ferramenta de apoio no processo ensino-aprendizagem. In: IX Congresso de Iniciação Científica da FARN, Natal/RN, 2009.

BARBOSA, Cristiane Clébia; BEVILAQUA, Anna Karinna Dantas. Twitter Enquanto Esfera Pública Virtual. Prometeu - Projeto de Meios Tecnológicos em Educação Universitária. ComBase - Base de Estudos e Pesquisas em Meios de Comunicação e Educação - DEPEd - PPGEd - UFRN, ISSN 2175-0920, Natal/RN, Ano III, nº 3, junho/julho/agosto, p.52-68, 2010.

CASTELLS, Manuel. Internet e sociedade em rede, In: MORAES, Denis (org.) Por uma outra comunicação: mídia, mundialização cultural e poder,. Rio de Janeiro; São Paulo: Record, 2003.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 28. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

HABERMAS, Jürgen. Pensamento Pós Metafísico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2002.

LEITE, Lígia Silva; SAMPAIO, Marisa Narcizo. Alfabetização tecnológica do professor. 3 ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. Tradução: Luiz Paulo Rouanet. 5. Ed. São Paulo: Loyola, 2007.

______. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1999.

______. Ciberdemocracia. Trad. Alexandre Emílio. Porto Alegre: Instituto Piaget. 2002.

MATURANA, Humberto. Emoções e linguagem na educação e na política. Tradução: José Fernando Campos Fortes. 1. Ed. Atualizada. Belo Horizonte: Editora. UFMG, 2009.

MCLUHAN, Marshall. Understanding media [1964]. Trad. bras. São Paulo: Cultrix, 1968.

MERCADO, Luiz Paulo. Integração de mídias nos espaços de aprendizagem. Nº: 79, Vol.: 22, Mês: Janeiro, 2009.

PENIN, S. T. S.; VIEIRA, S. L. Refletindo sobre a função social da escola. In: VIEIRA, S. L. (org) Gestão da escola: desafios a enfrentar. Rio de Janeiro, DP&A, 2002.

(Artigo apresentado e publicado nos Anais do III Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação - Redes Sociais e Aprendizagem, 2010 - Recife/PE.)




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